Estamos
envolvidos diariamente por esta extraordinária e fundamental dádiva recebida de
Deus: a decisão. Ela é originária da capacidade que recebemos do nosso Criador
que tem como ventre o “livre arbítrio” ou “livre e absoluto poder de escolha”.
Uma palavra
chama a outra e com profundo significado. Vale à pena desenvolver a nossa
esfera de raciocínio. Nesta viagem vamos encontrar muitos desvios produzidos
pela mente peregrina à busca de respostas do verdadeiro e do falso; do certo e
do errado; e por aí segue.
Porém, com
esforço, podemos nos dedicar a pontos únicos e sólidos que podem nos levar a
grandes encontros do nosso ser.
Encontramos
milhares de pessoas alienadas e perdidas neste mundo, mesmo possuindo toda
informação necessária para acertar o alvo, porém, sem nenhuma compreensão ou
decodificação das informações possuídas. É como entregar uma bússola para
uma pessoa e ela não sabe fazer uso. Ou como entregar um livro de alto
valor literário, nas mãos daquele que não sabe ler uma só palavra.
Não precisamos
argumentar filosoficamente para descrever o simples fato de que vivemos em
pleno século XXI, onde a informação está ao alcance de praticamente todas as
pessoas, através de rádios, televisão, telefone, internet, correios, jornais,
livros, etc. Somos bombardeados por milhares de informações a cada minuto e o
incrível é que nunca vimos um mundo tão desorientado.
Teria a
informação a capacidade de nos auxiliar na decisão e no processo de nos manter
no caminho certo e seguro, com o qual alcançaríamos com precisão os nossos
alvos? Seria a informação um capacitador diário e constante, que nos daria o conforto de estarmos seguros, em paz? Seria a informação atitude contra a
dúvida e o medo? Sim, com certeza para isso ela veio em seu estado original. O
que estaria errado então?
Com esta
pergunta começamos a buscar várias respostas e pouco a pouco nos daremos conta
de que vivemos numa profunda falência de produtividade. Deixamos que a nossa
mente viva uma frenética e insaciável busca de mais e mais informações sem,
contudo, nos esmerarmos na dedicação diária da realização. Deparamo-nos com a
antiga, porém, atual situação do reclame: “Muita teoria e quase nenhuma
prática”. Que terrível, somos bons analistas e críticos, e, péssimos
realizadores. Sem dúvida não devemos anular a idéia de que devemos buscar boas
idéias. Com toda certeza precisamos de uma grande dedicação na busca do
conhecimento sem, porém, deixarmos de lado a execução daquelas que ocupam
valores reais.
A Palavra do
Senhor nos adverte que: não devemos ser ouvintes esquecidos, mas praticantes: “Aquele, porém, que atenta bem para
a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte negligente,
mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito.” (Tiago 1: 25)
Precisamos
urgentemente de reformas nos pensamentos, e deve ser uma tarefa constante, é
claro. Disciplina é uma palavra que expressa o nosso processo de crescimento,
precisamos traçar metas atingíveis a curto e longo prazo, observando as
prioridades.
Falando em
informação, as livrarias estão repletas de livros escritos por renomados
escritores, o que podemos fazer é uma pesquisa objetiva e prática estabelecendo
passos que vamos seguir fielmente, porque de nada adianta uma quantidade de
pontos e regras que jamais vamos por em prática. É como aquela dieta que
elaboramos no final de semana e praticamos na segunda-feira e dela nos
esquecemos na terça, e o pior é que nos sentimos frustrados.
- Aqui vão algumas regras básicas:
· Faça planos possíveis;
· Trace metas atingíveis e as coloque em prática de forma suave,
porém, constante;
· Seja flexível sem ser irresponsável com seus propósitos;
· Seja dedicado, porém sem exagero. É a tarefa diária e com
perseverança que haverá de estabelecer a vitória.
Não podemos
confundir esta disciplina com ativismo, porque o fazer tarefas com dedicação é
de grande importância, porém, precisamos ter em mente os propósitos certos,
sempre avaliando se estes propósitos realmente trarão os benefícios desejados.
Podemos correr o risco de nos dedicarmos ao preenchimento do tempo, sem, contudo, alcançarmos alvos de
valor real, especialmente num mundo com tantas ocupações diárias
desnecessárias. Isso é uma tarefa que exige muito cuidado e devemos seguir a
regra básica: prioridade e urgência. Nem sempre uma prioridade é urgência, nem
sempre uma urgência é prioridade.
Com base que
as informações chegam até nós com extraordinária velocidade, principalmente
quando elas têm potencial, podem nos influenciar demasiadamente em nossas
decisões, precisamos, portanto, tomar o cuidado para obtermos uma boa avaliação
dos fatos. A melhor maneira é questionarmos com veemência cada situação a nós
abordada. É como ter o cuidado de não ir ao supermercado com muita fome, porque
com certeza faremos compras em excesso, porém, desnecessárias. A fome irá
influenciar as nossas decisões. Semelhante modo, o volume de informações pode
nos influenciar e se não fizermos uma boa seleção cairemos em grandes erros que
sempre nos encurralam em suas seqüelas.
O livro de
Eclesiastes é muito claro com relação a essa ordem de fatos. Ele fala de
eventos cíclicos das nossas vidas. Declara: “Não há nada novo, o que é já foi, e
o que há de ser também já foi; Deus fará renovar-se o que se passou” (Eclesiastes 3:15) E ele segue nos aclarando que: “para tudo há um tempo determinado por Deus”
(Eclesiastes 3:1-8).
Devemos
buscar discernir o tempo, bem como a forma de fazer o melhor uso deste,
lembrando-nos sempre que: “Tudo fez Deus formoso em Seu devido
tempo”. (Eclesiastes 3:11)
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